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O Ultimo Desafio

domingo, 3 de fevereiro de 2013 Marcadores:


O Último Desafio (The Last Stand) é o longa que marca a reestreia (como protagonista – Os Mercenários 1 ou 2 não conta) de um dos maiores brutamontes da história do cinema americano. Sim, Arnold Schwarzzenegger está de volta, mais velho, e isso o filme faz questão de deixar muito claro, nem tanto pelas rugas, mas pelas cenas de ação intensas que o velho xerife tem dificuldades para acompanhar.

Vejam bem, eu disse dificuldades, não é que ele não consiga, mas a idade chega para todos e com ele não seria diferente. E o filme trata disso de um modo bastante divertido. Assim, a película alterna, de modo bem dosado, entre a ação e a comédia, garantindo boas gargalhadas e momentos de empolgação durante as suas quase duas horas.

OLD
É um filme muito mais para se levar na brincadeira, talvez uma crítica aos próprios filmes de ação como é o caso de Mercenários (em que Stallone e os outros ironizam a si mesmos – quem não se lembra da melhor parte de Mercenários 2? Chuck Norris e seu embate ‘mortal’ com a cobra), mas que vale a pena ser assistido, tanto como comédia, quanto como ação.

Um show à parte é o ator Luis Guzman, que interpreta um policial covarde e muito engraçado, que acaba roubando algumas cenas para si. Um personagem carismático e até que bem explorado dentro da história.

Rodrigo Santoro também integra a turma de policiais e ajudantes do xerife Schwarzzenegger. Mas, ao contrário de Guzman, tem sua participação bastante apagada, apesar de ter algumas falas (Sacanagem... Eu torço para que ele dê certo nos States). Mas falando sério, apesar de ser um personagem com bastante potencial (sujeito talentoso, que poderia ter sido um sucesso naquilo que escolhesse fazer ou ser, mas que por sua indisciplina e índole vadia nunca terminou nada que começou, e, assim, se tornou um zé ninguém) não consegue desencantar e brilhar (uma pena).
Luis Guzman e Rodrigo Santoro

Sobre o enredo, ele é bem feito e tudo parece fazer sentido (tudo está bem explicadinho), o que é muito raro quando se trata de filmes de brucutus. Na história, temos Ray Owens, xerife de uma pacata cidade americana na fronteira com o México. Sua rotina incansável, juntamente com os três policiais de seu efetivo, é a de zelar pela segurança e bem estar dos habitantes da pequena localidade (vigilante e alerta, sempre). Não preciso falar que estes policiais (melhor, tiras, como nas dublagens antigas) não tem nada para fazer lá, a não ser ficar atirando em animais mortos ou qualquer outra coisa (talvez namorar o único preso da cidade).

Enquanto isso, em Las Vegas, o líder de um dos maiores cartéis de drogas consegue escapar do agente John Bannister (Forest Whitaker - O Último Rei da Escócia) e começa uma fuga pelo país, em um carro envenenado, numa velocidade alucinante, em direção ao país dos mexicanos (lembrei muito de Velozes e Furiosos – não sou fã, não incomoda a quem não gosta já que não é o foco do filme, mas para quem curte também vai gostar).
CSI ?

Nem todo o poderio militar, todo aparato anti-terrorista, ou as equipes táticas são suficientes para deter Cortez, que tem grandes chances de tentar chegar em casa passando pela área do xerife. Nesse momento, Owens se vê obrigado a defender sua cidade, mesmo que ele pudesse virar às costas e fingir que nada estava acontecendo (mais uma vez, Guzman). Daí pra frente, vemos tiros, explosões, perseguições de carros e tudo que um bom filme de ação tem. Também tive a grata surpresa de ver Schwazenegger atirando com uma escopeta – nostálgico (I will be back. Prometeu e cumpriu -Ele voltou!).





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